Queria que fosse embora
A sua presença sempre me incomoda
Queria nem ter te conhecido
Não soltar mais nenhum gemido
Nem me lembro como é viver sem te ter
Esqueço rápido de todo esse sofrer
Você vem até mim de diferentes formas
Sua ausência me levará para outrora
Não quero que se aposse de um outro ser
Mas sei que a sua presença trás o sofrer
Você precisa de alguém para se alimentar
Voe com o vento, se dilua no ar
Vá para longe
Já me sugou demais
Com você a paz se esconde
E eu não te aguento mais.
Ninguém me importa mais
Agora sou eu na frente, e todos vocês atrás
Vejam as minhas costas
E não mais o meu sorriso
Se é de falsidade que você gosta
Agora pode deixar comigo
Para vocês serei como um espelho
Vai ser bate-e-volta
De ser ruim não tenho mais medo
Não batam mais na minha porta
Pessoas covardes
Cada um de vocês na sua covardia
Vocês tem medo da verdade
Mas eu colocarei o dedo bem lá na “feridinha”
Uns falam demais
Outros não falam nada
Vocês são todos iguais
Pessoas amarguradas
Juntem-se para comemorar a sua mediocridade
Podem me chamar de filha da puta
Mas carrego comigo a verdade
E não ficarei mais muda.
Faz tempo que eu não sei o que é acordar bem
faz tempo que algo me puxa para o além
faz tempo que eu quero entender
faz tempo que dor eu não quero mais ter
faz tempo que eu não sou mais eu
faz tempo que eu quase nem me lembro mais
do presente que a vida me deu
do que é sentir paz
faz tempo...
que eu tenho medo
faz tempo...
que eu não me conheço
eu não era assim
a cada tempo que passa a dor leva embora um pedaço de mim
faz tempo...
que eu tenho medo.